Um bom artigo na Atlantic, que reconhece a inevitabilidade da endemização do sars-cov2. Com base em experiências passadas e no histórico de outros coronavirus, descreve o processo pelo qual o vírus se torna endémico.
Infecções sucessivas treinam o nosso sistema, imunitário prevenindo sintomas graves, mas não reinfecções.
Do mesmo modo que as vacinas.
O efeito destas é muito limitado a evitar a propagação do vírus no trato respiratório superior, pelo que serão de esperar sintomas do tipo da constipação comum em reinfecções recorrentes.
Mas actuam com mais eficácia na protecção dos pulmões e outros órgãos internos, evitando as manifestações graves dos vírus respiratórios.
No fundo, vamos aprender a conviver com este vírus, como aconteceu com tantos outros, na história da humanidade. As novas gerações terão contacto com ele desde tenra idade, treinando o seu sistema imunitário, em grande medida de forma assintomática.
Se necessário, em grupos de risco, iremos reforçar a resposta imunológica com vacinas.
Muitos virologistas estimam que foi desta.forma que, há muitos séculos, os vírus da constipação se tornaram endémicos e relativamente inofensivos.
Está na hora de reconhecermos a inutilidade de querermos eliminar as infecções (e aceitarmos as reinfecções como normais) e passarmos à fase de lidar com um vírus endémico, que se vai tornando cada vez mais “brando” (na verdade, o nosso sistema imunitário fica mais eficaz).
https://www.theatlantic.com/science/archive/2021/08/how-we-live-coronavirus-forever/619783/