O País está refém da teimosia do governo em manter um Hub aéreo em Lisboa. Para além dos mais de 3 mil milhões de euros que despejou na TAP (que, como ficou evidente, só serve praticamente a região de Lisboa) ainda impõe o hub de Lisboa como condição para privatizar a companhia.
Entretanto, há indicações de que as empresas aéreas mais capacitadas para absorver a TAP – que já têm diversos hubs na Europa, de muito maior dimensão que Lisboa – não estão interessadas nesta imposição do governo. Pelo que, ou se desinteressam da TAP, ou reduzem o seu valor, sendo a diferença compensada com os nossos impostos (de todo o País).
Aliás, esta questão do hub de Lisboa já foi notória há anos, quando a Lufthansa se desinteressou pela compra da TAP.
Para além disto, com o objectivo do hub aeroportuário de Lisboa, o Poder Central prepara-se para nos comprometer com investimentos de mais de 10 mil milhões de euros num elefante branco de que o País não precisa, como esta reportagem do Porto Canal revela:
https://portocanal.sapo.pt/noticia/338650
Entretanto, há alternativas, que permitem resolver o problema da saturação do aeroporto da Portela de com flexibilidade e de forma faseada, sem comprometer as finanças públicas.
Há indicios de muitos interesses escondidos que jogam no facto consumado. Temos de evitar embarcar em compromissos que vão comprometer as nossas finanças públicas – e os nossos impostos – por muitos anos.
O Porto Canal consegue abordar estes problemas numa óptica objectiva, sem os preconceitos “Lisboa cêntricos” que prevalecem na nossa comunicação social.