Entrevista reveladora do ex governador do Banco de Portugal.
Para além da pressão do PM a propósito de Isabel dos Santos, que foi amplamente comentado, o que mais me chocou foi a confirmação da jogada da “saída limpa”, colocando em causa o Banif.
O governo Costa prejudicou o País e a venda dum banco para ganho político, destruindo a possibilidade saída limpa em 2015 (de Passos) e chamando ao seu governo o mérito dessa saída limpa.
Para tal enviou uma carta às entidades europeias, sem informar o Banco de Portugal, que era quem reportava ao BCE…
Já se suspeitava desta manobra, agora está confirmada.
Os atropelos ao respeito institucional, para ganhos politicos, devem ter sido mais que muitos, a ver pela amostra. Temos também o caso da venda do Novo Banco, em que o responsável pelas negociações (que se suspeita que passou as imparidades para o futuro para melhorar o défict do ano) é agora o supervisor.
Estas revelações vêm confirmar o enorme conflito de interesses que representou a passagem directa do ex Ministro das Finanças, Centeno, para o Banco de Portugal.
É para evitar estas coisas que existem princípios de incompatibilidades. Mas o PS e Costa passam por cima disso tudo.