Testemunho duma jornalista bósnia que sobreviveu ao cerco de Sarajevo

By | March 11, 2022

Testemunho duma jornalista bósnia que sobreviveu ao cerco de Sarajevo.

“You never think it will happen to you”.
O paralelo que traça com a invasão da Ucrânia é impressionante.O cerco de Sarajevo durou 46 meses.

Morreram 14,000 pessoas, dos quais 5,500 civis. As atrocidades cometidas levaram muitos responsáveis sérbios ao tribunal de Haia, que os condenou por crimes contra a humanidade.
A Nato interveio em 1994, a pedido da ONU. A intervenção teve imensas falhas e só ao fim de 2 anos conseguiram terminar o cerco e libertar a cidade.

A Nato é uma organização com fins defensivos. E acho que assim deve continuar. Sou profundamente contra intervenções militares que não sejam para nos defender directamente.

Alguns dão a Bósnia como exemplo para acusar a Nato de ser uma organização agressiva. Para mim, situações como esta dão que pensar se não há circunstâncias em que se justifica uma intervençãonão meramente defensiva.

Claro que a Rússia é um adversário muito mais perigoso e tem armas nucleares. O pragmatismo aconselha a não intervir directamente.
Mas, no campo dos princípios, é-me difícil condenar a Nato pela intervenção na Bósnia (talvez apenas por ter sido tardia e pouco eficaz).

“The last time war engulfed Europe was in the Balkans during the 1990s. The city of Sarajevo was under siege for 46 months — the longest siege in modern history. Serbian strongman Slobodan Milosevic sought to punish Bosnia for choosing a democratic, pro-European future — a clear parallel to Ukraine’s plight vis-a-vis a Russian dictator today. Bosnian journalist Aida Cerkez joins the program to share her thoughts and read a letter she wrote to the people of Ukraine.”

https://youtu.be/jHhJ2OsOO-k